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Entre o certo e minhas aspas


Trago em sacolas velhas meu segredo,

A verdade dita ao espelho sempre dói,

E constrangido percebo que tenho medo,

Um medo desenfreado de dar “certo” e de dar “errado”,

De correr para o lado “contrário” ao que sempre dediquei,

Em busca do que “não” desejei,

Mas por essa “busca” abdiquei,

“Lutei”,

Chorei “sem precisar” na escuridão,

Escrevendo embriagado na “solidão”,

“Nunca” gostei de platéia.

Deparo com uma mudança drástica em todas as minhas “pretensões”,

Assumo, eu “não” sou o que eu queria ser.

Mas quem realmente é o que quer?

Ou realmente é o que deveria ser?

Quem de fato responde dignamente por si próprio?

Ou se transborda de amor próprio?

Quem?

Sou um castelo de açúcar em vias de um temporal.

O final da madruga prestes ao novo amanhecer.

O retrato ¾ sem brilho na carteira,

Sou a resposta certeira para as perguntas que não têm respostas,

Sou a incógnita perante as minhas aspas,

Sou o claro exemplo do que “não” seguir.


 
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© 2016 Jeferson Araujo. Orgulhosamente criado com Wix.com

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