Jardim

Ainda está ali,
Intacto,
Vejo em crescimento a pretensão de descobrir quem é a mão,
Que afagará e que fará,
Com que tudo esteja bem.
Descalço desço a rua pelo lado ao qual se encontra,
Passo, viro, faço a curva,
Retorno,
Crio outro motivo para observar,
Para me lembrar e te contar.
Seu jardim está tão lindo,
Pego as flores estendidas pelo chão,
Retiro todos os espinhos,
Não entendo o abandono,
O porquê de não voltar.
Ainda ali,
Já não tão indiferente,
Sente, abalável,
Se adaptando a cada estação,
Primavera, verão, outono e inverno,
Na inversão do dia pra noite,
Do claro escuro tempo que mudou,
Os dias,
Pelos longos dias que não voltou.
Seu jardim está tão lindo,
Pego as flores estendidas pelo chão,
Retiro todos os espinhos,
Não entendo o abandono,
O porquê de não voltar.
Diego Magalhães
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